Magneti Marelli e Intel firmam parceria para criar painel de carro interativo

‘In Dash Computer’ terá acesso à internet, entre outros serviços.
Condutor poderá customizar o produto e adicionar novas funções.

A fabricante de sistemas e componentes automotivos Magneti Marelli anunciou, nesta segunda-feira (30), parceria com a Intel, fabricante de componentes eletrônicos, para o desenvolvimento de um inédito conceito de plataforma de interatividade destinada à aplicação na indústria automobilística. O novo sistema foi batizado de “In Dash Computer”, que significa Computador no Painel.

Ainda em fase de desenvolvimento, o sistema inclui rádio, navegação, acesso à internet, bluetooth, RDS (Radio Data System ou Sistema de Dados em Rádio), TMC (Traffic Message Channel ou Canal de Mensagem de Trânsito), MP3, áudio e vídeo. Segundo a empresa, apesar dos diversos recursos para interatividade, eles estão de acordo com as legislações voltadas às questões de segurança dos ocupantes dos automóveis.

O projeto libera ainda ao condutor do veículo o acesso ao sistema operacional do programa, permitindo customizar o produto e adicionar novas funções no display do automóvel via download.

“As montadoras terão a possibilidade de ofertar aos seus clientes constantes inovações de design no produto, no entanto, com esta tecnologia quem define a inclusão de aplicativos é o próprio consumidor. Atualmente, os sistemas disponíveis são ‘fechados’, permitindo apenas ao fabricante incorporar novas funções”, explica o gerente de produtos da Magneti Marelli, Ricardo Takahira.

No projeto, a Intel é responsável pelo fornecimento da plataforma compatível à tecnologia de computadores, ou seja, é utilizado um processador capaz de trazer a convergência e entretenimento para aplicação no setor automotivo, chamado de Intel ATOM.

De acordo com Takahira, apesar de o projeto existir há dois anos, ainda não existe compromisso de lançamento com nenhuma montadora. “Estamos trabalhando no desenvolvimento da solução até estarmos aptos a ingressar no mercado”, diz.

As empresas não divulgaram valores de investimento no desenvolvimento da tecnologia e ainda não há previsão de quando o sistema chegará ao Brasil.